O Brasil está no limiar de um futuro promissor na transição energética e na descarbonização, posicionando-se como um líder potencial na agenda ambiental global. Com uma matriz energética fortemente ancorada em recursos renováveis e um compromisso renovado com a sustentabilidade, o Brasil tem o potencial não apenas transformar seu próprio cenário energético, mas exercer uma influência significativa na descarbonização a nível global.
Atualmente, a matriz elétrica brasileira destaca-se por sua composição predominante de fontes renováveis, representando 84,25% de sua capacidade total, que atinge 200 gigawatts (GW). Entre essas, a energia hídrica contribui com 55%, a eólica com 14,8% e a biomassa com 8,4%, enquanto as fontes não renováveis como gás natural, petróleo e carvão mineral compõem os restantes 15,75% (Serviços e Informações do Brasil). Essa configuração é uma clara indicação do compromisso do Brasil com a transição energética global, mirando um desenvolvimento econômico sustentável com emissões reduzidas de carbono.
O Plano Decenal de Expansão de Energia 2024 prevê um incremento significativo na capacidade instalada de geração de energia elétrica do país, com um aumento estimado de 73 mil MW até 2024. Cerca de metade dessa expansão será através de fontes renováveis, incluindo eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), reforçando o papel do Brasil como um ator internacional chave, não só na produção e exportação de petróleo, mas também na geração de energia renovável (Empresa de Pesquisa Energética – EPE).
Além disso, a transição energética no Brasil está fundamentada na exploração de recursos renováveis, como eólica, solar e biomassa, complementada por uma estratégia robusta para expandir a produção de hidrogênio verde para exportação. O potencial brasileiro para dobrar a produção de gás natural renovável (RNG), reduzindo a dependência de importações e contribuindo para a diminuição dos preços do gás natural no mercado interno, é destacado em estudos como os do BID Blog e McKinsey & Company.
O setor siderúrgico brasileiro apresenta uma oportunidade de liderança na produção de “metálicos verdes” utilizando biomassa, especialmente eucalipto, para produzir biocarvão, que pode substituir o carvão mineral na produção de ferro-gusa. Esta inovação pode reduzir as emissões em até 90% em comparação com as rotas tradicionais, conforme relatórios da McKinsey & Company.
No cenário internacional, durante a COP26, foi reconhecido que o Brasil possui todas as condições necessárias para liderar o processo de descarbonização global, dada a sua capacidade de fazer investimentos significativos em sustentabilidade e alcançar a neutralidade climática até 2050 (Agência de Notícias CNI).
A transição justa é um componente crucial neste processo, assegurando que as comunidades ao redor dos empreendimentos energéticos sejam consideradas, especialmente no que tange à pobreza energética. Este enfoque promove uma aceitação social mais ampla das novas tecnologias e assegura que os benefícios da transição energética sejam compartilhados de forma equitativa, alinhando as preocupações ambientais com a agenda econômica do país.
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Fonte:
https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/noticias/2024/matriz-eletrica-brasileira-alcanca-200-gw
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